Em um cenário de busca por inovação mais rápida, com menor custo e com alto potencial para crescimento, as iniciativas de relacionamento entre grandes empresas e startups – Corporate Venture – são consideradas um valioso método de inovação aberta. Essa aproximação das grandes empresas com as startups já acontece há bastante tempo, mas a atual velocidade de mudança exige um ritmo mais forte na capacidade de inovar.
Para as startups, esse relacionamento pode ser uma forma de solucionar muitos gargalos: acesso a capital, inteligência de mercado, bons processos, controle de qualidade, reconhecimento de marca, entre outros. E as grandes empresas buscam nas startups o caminho para continuar inovando de forma disruptiva, mas com a flexibilidade e a agilidade permitidas pelas startups.
Para mapear o atual estágio do Corporate Venture no Brasil, a Harvard Business School – HBS Alumni Angels of Brazil (HBSAAB), contando com a parceria e apoio de diversas instituições relacionadas a inovação no país (incluindo a Biominas Brasil) lançou em 2017 um estudo que pode ser acessado aqui. Além desse mapeamento, o estudo apontou os objetivos desses tipos parcerias, interesses, modelos e dificuldades (internas e externas), trazendo dados relevantes para empresas interessadas em estabelecer programas de Corporate Venture.
“Nossa metodologia apresenta de forma única e inovadora a capacidade de identificar vários objetivos das empresas no relacionamento com startups, e não apenas a visão financeira e/ou de inovação que foram objeto de estudo em pesquisas anteriores”, destacou Magnus Arantes, cofundador e presidente da HBSAAB. “Nosso objetivo é fornecer subsídios que facilitem a criação de programas estruturados, capazes de facilitar esta conexão entre grandes empresas e o ecossistema empreendedor”, completou.
Encorajados pelo desejo de encurtar a distância entre grandes empresas e startups, aconteceu na última edição da BIO Latin America a Arena BioStartup Lab, uma competição entre startups de ciências da vida que buscam investimento e parcerias. Oito startups apresentaram seus pitches a uma banca composta por grupos de investimentos e grandes empresas do setor que realizam estratégias de Corporate Venture.
Para Gabriel Perez, do Fundo Pitanga, que fez parte da banca, “o que chama a atenção no BioStartup Lab é que em meio a tantos programas de startups, ele se destaca por trazer startups de ciências, o que ainda é muito raro no Brasil e o Arena propôs algo inusitado colocando estas startups de frente para investidores e grandes empresas, tudo em um mesmo ambiente, gerando avaliações e feedbacks importantíssimos para o crescimento delas”.
A segunda rodada da Arena BioStartup Lab está prevista para acontecer na BIO Latin America 2018, nos dias 4 a 5 de setembro, em São Paulo. Além disso, ao longo da programação, o cenário de inovação na América Latina será amplamente discutido, bem como as estratégias de parcerias entre os diversos atores do setor de ciências da vida.
Para fazer parte do Arena BioStartup Lab, da banca de investidores e grandes empresas, e da BIO Latin America 2018, entre em contato conosco através do e-mail bla@biominas.org.br.