No ano passado, a Biominas Brasil estabeleceu uma parceria com a Interfarma, a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, com o objetivo principal de promover uma maior interação entre as empresas farmacêuticas e as empresas de biotecnologia. Há uma tendência mundial de aproximação entre as duas indústrias visando ampliar o pipeline de produtos em desenvolvimento e levar mais e melhores produtos ao mercado. Na verdade, em alguns casos, é impossível verificar as fronteiras entre farmas e biotecs: após a aquisição da Genentech, a Roche pode ser simplesmente classificada como empresa farmacêutica? E a Genzyme, uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo, não é também farma?
Entendendo este novo cenário, a Interfarma promoveu no final de 2010, uma mudança no seu Estatuto permitindo agora a associação de empresas nacionais, start-ups, fundações, universidades e até mesmo pessoas físicas. Trata-se, sem dúvida, de uma ótima notícia para as empresas brasileiras. A associação à Interfarma permite uma ampliação significativa da rede de contatos, acesso a informações, discussão de assuntos de interesse do setor e defesa dos interesses comuns junto a governo, órgãos regulatórios e outras instituições. É importante dizer que estes benefícios não se limitam ao Brasil, mas atingem o mundo inteiro, graças ao network e ações da Interfarma e suas associadas.
A Biominas Brasil foi a primeira empresa a se associar neste nova modalidade. Convidamos outras empresas e instituições a juntarem-se a esta iniciativa. Em menos de um mês como associados recebemos boletins com informações relevantes e convites para reuniões e comissões.
Antes de causar qualquer mal-entendido, esclarecemos desde já que a associação à Interfarma não impede que as empresas se associem a outras associações locais ou nacionais. Pelo contrário, as iniciativas de novas instituições e associações setoriais devem ser comemoradas e fortalecidas para o bem das empresas e do desenvolvimento do setor.
Por Eduardo Emrich Soares
