Diagnóstico aponta oportunidades de crescimento e contribui para discussões sobre temas como inovação, parcerias, políticas públicas e investimentos.
Minas Gerais abriga um dos principais polos de Biociências do país. Um diagnóstico do setor, realizado em 2004 pela Biominas Brasil, com apoio da FIEMG e SEBRAE Minas, apontou algumas de suas forças: base científica em universidades e centros de pesquisa, apoio do governo, casos de sucesso e interação entre os agentes.
Mas quais ações de promoção têm tido bons resultados e até que ponto empresas e instituições estão sendo beneficiadas? Essas questões incentivaram a realização de um novo estudo, o Diagnóstico do Setor de Biociências em Minas Gerais, que apresenta um comparativo entre o ambiente de negócios do segmento, há 10 anos, e a situação atual.
O LANÇAMENTO
O Diagnóstico foi lançado nesta quarta-feira (26/11), em Belo Horizonte, pelo SEBRAE Minas e Biominas Brasil, e contou com a presença de representantes dos principais agentes do setor no estado: representantes do Governo estadual e municipal, universidades e centros de pesquisa, investidores e agências de fomento, e empresários.
O lançamento teve início com a apresentação do Diagnóstico e foi seguido por uma reunião de trabalho para discutir as conclusões do documento e propostas de ações para o estado visando consolidar o papel de liderança de Minas Gerais no setor.
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O DIAGNÓSTICO
O Diagnóstico do Setor de Biociências em Minas Gerais analisa quatro fatores essenciais na geração de um ambiente inovador nas empresas: estratégia de pesquisa, desenvolvimento e inovação; estabelecimento de parcerias; recursos financeiros para a inovação; políticas públicas voltadas para a inovação. Ele também analisa resultados de pesquisas feitas com empresas e entrevistas realizadas pela equipe de consultoria da Biominas Brasil.
Foi constatado que Minas Gerais possui atualmente 105 empresas de biociências, (a Região Metropolitana de Belo Horizonte concentra o maior número delas, 68), o que representa um aumento de 40% em relação aos últimos 10 anos. As principais áreas de atuação dessas empresas continuam sendo saúde humana e o agronegócio. As instituições que compõem o ambiente de negócios (como universidades, incubadoras e redes) passaram de 45 (em 2004) para 85 (em 2014).
O levantamento mostra ainda que 63,2% das empresas do setor enquadram-se como micro ou pequenas, sendo que 41,9% declararam faturamento superior a R$ 1 milhão em 2013.
Em relação à estratégia de PD&I, a maioria (67,2%) declarou que possui atividades de P&D, e com relação ao montante investido nesta área, 34,5% declararam investir até 500 mil; 15,5% aplicaram de R$ 500 mil a R$ 1 milhão e 12,1% investiram acima de R$ 1 milhão.
Quando se avalia o portfólio de P&D comparado à idade, verifica-se que as empresas mais jovens estão mais dedicadas à inovação. Entre as empresas com 2 a 5 anos de mercado, 46,2% declararam que a maioria de seu portfólio está em fase de P&D. Já entre as empresas com mais de 15 anos de atuação, a proporção cai para 9,5%.
As principais fontes de recurso para PD&I utilizadas pelas entrevistadas são capital próprio e recursos não reembolsáveis oferecidos por agências estaduais e federais, e as principais agências de fomento à inovação procuradas pelas empresas de biociências são Fapemig, Finep, CNPq, SEBRAE, BNDES e BDMG.
Esses resultados estão apresentados de forma mais detalhada na versão completa do Diagnóstico do Setor de Biociências em Minas Gerais, que está disponível na íntegra e gratuitamente para download no site da Biominas Brasil (www.biominas.org.br) e do Sebrae (www.sebrae.com.br).