No último dia 27, o BioStartup Lab, programa de pré-aceleração da Biominas Brasil e do Sebrae Minas, abriu as portas do seu espaço de coworking em Belo Horizonte para receber e iniciar a aceleração das 21 startups selecionadas para a primeira rodada do programa. A Welcome Session contou com uma keynote inspiradora e show de mágica.
“Serão 12 semanas de intenso trabalho, mentoria e networking. Desenvolvemos uma metodologia específica para modelar negócios de ciências da vida e isso coloca o BioStartup Lab como uma inciativa inédita no Brasil”, conta o coordenador do programa, Rafael Silva.
As startups foram recebidas pelo CEO e presidente da Biominas, Eduardo Emrich, e pelo gerente de inovação e sustentabilidade do Sebrae Minas, Anízio Vianna. Eduardo destacou que já havia motivos para comemorar, pois se os empreendedores chegaram até ali é porque mereciam e mostraram seu potencial. Para ele, o BioStartup Lab é um marco na história da Biominas, que há 25 anos é reconhecida pelo trabalho na promoção de negócios no setor de ciências da vida no Brasil. “O programa é o resultado de mais uma grande parceria da Biominas com o Sebrae Minas e não vai medir esforços para transformar boas ideias em bons negócios”. Anízio também destacou a importância da parceria Sebrae-Biominas e desejou sucesso às startups: “desejo muito sucesso aos empreendedores, e que a gente possa gerar negócios para o futuro\”.
Outros parceiros do programa marcaram presença. Fabio Veras, assessor da presidência da FIEMG para o tema startups, comentou que o BioStartup Lab é uma forma de abrir as portas para novos modelos de negócio: \”isso é a premissa de um movimento que vai viralizar em outros segmentos na indústria, trazendo essa juventude pra fazer acontecer”. Glaucia Silva, gerente do BDMG, a sua vez, pontuou que apoiar programas como o BioStartup Lab é a forma como o banco ver de gerar valor para si mesmo no futuro, na perspectiva de contar com empresas mais inovadoras para apoiar.
A programação de abertura contou com uma keynote do empreendedor e pesquisador Rochel Lago, um expoente da combinação entre ciência e empreendedorismo no Brasil. Vencedor de prêmios internacionais (um deles o Global Startup Workshop, do Massachusetts Institute of Technology em 2012), Rochel inspirou os empreendedores com as histórias a trajetória dentro da universidade, da criação da sua startup e do seu desejo de deixar um legado para o mundo: “o meu desejo de empreender vem muito de ter um impacto no mundo e cumprir minha missão”. Outra atração que também inspirou a todos foi um show com o mágico Henri Vargas que tem rodado o mundo participando de eventos, programas de TV e iniciativas ligadas ao empreendedorismo, o ilusionismo e a inovação.
O evento finalizou com um happy hour que contou com a presença de outros parceiros do BioStartup Lab, tais como SIMI, Governo de Minas, PBH, CTIT UFMG, Embraer e Laboratório Aberto.
Trajetória
Em dezembro, o BioStartup Lab encerrou as inscrições com mais de 500 empreendedores concorrendo a uma vaga na primeira rodada do programa. O programa foi lançado no último mês de setembro na ocasião do primeiro Minas Startup Week e do evento eXchange Sebrae, realizados em Belo Horizonte. Depois, percorreu mais duas capitais brasileiras: Rio e São Paulo. No Rio, marcou presença na BIO Latin America, principal evento latino americano para a promoção de negócios e parcerias no setor de ciências da vida. Em São Paulo, esteve presente na CASE, evento totalmente voltado para startups e que contou com a participação de mais de 4.500 empreendedores. Além disso, o BioStartup Lab, realizou 10 eventos que impactou diretamente mais de 500 pessoas, entre eles o primeiro Startup Weekend Biotech do mundo.
Toda esta visibilidade tornou o processo seletivo muito concorrido com a participação de projetos vindos de 93 cidades, de 6 países e de 54 instituições de pesquisas, diferentes. Ao final, foram selecionadas 21 startups nas quatro áreas de atuação do programa: saúde humana, digital health, meio ambiente e agronegócio. Entre elas, está a Oncotag, startup mineira, primeira spin-off da Fundação Ezequiel Dias, a FUNED, que busca tornar o tratamento de câncer mais individualizado por meio da criação de um painel de marcadores biológicos. Outra é a Betri Studio, startup de São Paulo, que vai desenvolver jogos digitais que replicam os exercícios do tratamento de fonoaudiologia para crianças.
Como pode ser visto, independente do setor, no BioStartup Lab, todas as startups têm um mesmo propósito: resolver um problema atual da sociedade e melhorar as condições de vida das pessoas, destaca o coordenador do programa, Rafael Silva.