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CASE: Ampliando o setor de Biociências no Brasil

28

jan 2015

Por:Biominas Brasil
Biominas

BIOSão raros os dias que se vão sem uma notícia na mídia internacional sobre novas pesquisas em Biociências nos setores de saúde humana, agricultura e meio ambiente. É notório o interesse público em novas pesquisas, produtos e serviços que têm potencial para impactar cada cidadão no planeta.

Nos Estados Unidos, a dinâmica de convergência entre financiamento público e privado para pesquisas nos laboratórios governamentais e nas universidades, além de uma legislação federal e estadual que encoraja a transferência das pesquisas em Biociências, criou avanços na qualidade de vida que seriam imagináveis a uma década atrás.

Segundo o estudo de desenvolvimento econômico Battelle Technology Pratice, publicado em Junho de 2014, a indústria de Biociências nos Estados Unidos concentra cerca de 1,62 milhões de empregos, 74.000 empresas e mais de $858 bilhões de dólares, considerando os 50 estados, Washington DC e Porto Rico.

Das lições aprendidas pela Biotechnology Industry Organization (BIO) em Washington, DC, nos últimos 20 anos ao advogar por novas e inovativas estratégias de desenvolvimento econômico para nossa indústria, as quatro bases industriais que se seguem são necessárias para ampliar a presença da indústria no Brasil e em outras partes ao redor do globo:

  • Transferência de Tecnologia: a transferência bem sucedida das pesquisas financiadas pelo governo para a fase de comercialização é crucial para viabilidade em longo prazo da indústria de Biociências. As universidades criam e compartilham informações através de pesquisas e da divulgação de informações públicas. Agências governamentais disponibilizam fundos para a pesquisa básica e para negociar ativos fiscais e intelectuais em prol do benefício público. Transferências bem sucedidas de tecnologias representam vias para se criar conversões apropriadas de recursos públicos para as empresas privadas, ao passo que melhoram a prosperidade econômica do estado ou região.
  • Formação de Capital: a necessidade de financiamento nos estágios iniciais para as empresas de Biociências é essencial. Alocar os recursos para incentivar as pesquisas inovativas é um constante desafio para as empresas de Biociências. Pequenas empresas em fase inicial requerem recursos significativos para contratar uma equipe qualificada e adquirir um espaço e equipamentos adequados para a pesquisa. Empresas de Biociências estabelecidas, por sua vez, requerem recursos para investir em infraestrutura adicional e pesquisa clínica a fim de disponibilizar seus produtos no mercado.
  • Mão-de-obra capacitada: estados que possuem uma força de trabalho altamente qualificada são muito atrativos para qualquer indústria. Uma vez que as habilidades exigidas em vários aspectos da comercialização de produtos relacionados a Biociências são tão altas, que um fluxo contínuo de trabalhadores com formação acadêmica (Pós-Doutorado, Mestrado, Graduação) e técnica são essenciais se o estado deseja ampliar a presença da indústria. Em contraponto, se o estado não tem uma indústria local de Biociências, é difícil reter esses profissionais com graduação acadêmica e técnica formados pelas universidades governamentais.
  • Políticas Públicas de Incentivo ao Desenvolvimento da Indústria de Biociências: a necessidade de um programa estável de políticas públicas de incentivo é vital para indústria, seja as empresas pequenas ou grandes. É quase impossível para algum estado ou região ignorar tal necessidade por incentivos seletivos para as empresas de Biociências já existentes ou na atração de novas outras.

 

Valor da Indústria

Como parceiros nas pesquisas acadêmicas, dos formuladores de políticas (públicas) e da nossa indústria de Biociências que se move para frente nesse excitante, porém desafiador, setor de tecnologia, uma compreensão da proposta de valor para os parceiros em termos de crescimento é essencial para uma estratégia abrangente de comunicação e ação.

Primeiramente, nossa ampla indústria é um importante componente do setor de bens duráveis de uma economia inserida em um ambiente de competições internacionais mais acirradas e persistentes. Segundo, os postos de trabalho criados na indústria de Biociências auxiliam na criação de um padrão de vida superior e na arrecadação de impostos locais e estaduais para apoiar serviços públicos e outras prioridades orçamentárias. Terceiro, a indústria é interconectada com os esforços de transferências de tecnologia das universidades e do ingresso de subsídios para pesquisas federais e privados para invenção e inovação.

 

Peter M. Pellerito
Consultor Sênior de Políticas, Desenvolvimento Econômico do Estado e Relações com as Universidades
 
George Goodno
Diretor de Comunicação de Políticas Públicas, Relações Internacionais e Propriedade Intelectual
 
Biotechnology Industry Organization (BIO)
www.bio.org
 
 

DiagnosticoEste case é parte integrante do Diagnóstico do Setor de Biociências em Minas Gerais, elaborado pela Biominas Brasil em parceria com o SEBRAE Minas. O Diagnóstico apresenta um comparativo entre o ambiente de negócios do segmento de 2004 e de 2014. O estudo analisa quatro fatores essenciais na geração de um ambiente inovador nas empresas: estratégia de pesquisa e desenvolvimento e inovação; estabelecimento de parcerias; recursos financeiros para a inovação; políticas públicas voltadas para a inovação. Este Diagnóstico traz ainda conclusões que buscam orientar as discussões entre os principais agentes envolvidos e contribuir para o avanço e a consolidação do setor de Biociências em Minas Gerais.

Faça o download gratuito do Diagnóstico completo no site da Biominas (www.biominas.org.br) e do Sebrae (www.sebrae.com.br).

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