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Como a genética pode aumentar a expectativa de vida

16

mar 2015

Por:Biominas Brasil
Notícias

Como a genetica pode_interna

O caminho para viver mais e melhor está em cardápios personalizados, remédios feitos sob medida e testes genéticos que detectam doenças antes delas surgirem

Já imaginou consultar uma nutricionista tendo em mãos todos os dados necessários para uma dieta personalizada? E ter um remédio feito sob medida para suas necessidades? Ou, então, melhor ainda: evitar uma doença que está impressa no seu gene antes mesmo dela aparecer? Tudo isso já é possível graças aos avanços que vieram com o mapeamento do genoma, concluído em 2003, e que já são realidade, inclusive no Brasil. Todos esses progressos da ciência têm por trás o mesmo objetivo: tornar realidade para essa e para as futuras gerações o desejo de viver mais e melhor. Saiba o que já está a seu alcance, segundo Patrícia Munerato, diretora de suporte científico para a América Latina da Thermo Fisher Scientific, empresa líder em equipamentos e testes científicos aplicados aplicados às ciências da vida.

1. Nutrigenômica

A interação entre o genoma humano e os nutrientes dos alimentos permite ter uma dieta geneticamente personalizada – com a nutrigenômica é possível entender como cada organismo responde aos nutrientes e, a partir daí, evitar doenças como câncer, diabetes e doenças cardiovasculares. O cardápio perfeito não só ajuda a prevenir e tratar males por meio da alimentação, como também a perder peso. Fala-se até em dieta do DNA: um exame de mapeamento genético feito a partir da saliva indica quais alimentos e exercícios são os mais adequados para cada um, de forma personalizada. O exame é indicado a pacientes com resistência à perda de peso, que fazem exercícios e não obtêm resultados. Sim, porque algumas dietas são perfeitas para alguns e para outros não eliminam uma grama sequer. É uma opção perfeita também para pessoas com alterações metabólicas, deficiências nutricionais e obesas. O resultado sai em 40 dias. “Laboratórios brasileiros já fazem isso e a tendência é que esses exames sejam cada vez mais presentes na vida de médicos e pacientes”, afirma Patrícia Munerato, diretora da Thermo Fisher Scientific.

2. Farmacogenômica

A segunda frente de atuação é a farmacogenômica, que está revolucionando a prática atual de prescrições de remédios. Ao utilizar a informação genética de cada paciente, é possível identificar se ele irá se beneficiar de determinada droga ou responderá melhor a outras alternativas terapêuticas. Além disso, com a medicina personalizada chega-se à dosagem certa do medicamento que ele irá tomar. “Nos Estados Unidos, mais de 100 laboratórios já fazem isso e os exames são inclusive pagos pelo governo”, explica Patrícia Munerato. “Isso torna o tratamento mais efetivo, evita efeitos colaterais sérios e melhora a qualidade de vida do paciente”, diz. A prática é especialmente útil no uso de antiinflamatórios, psicotrópicos e remédios para o tratamento de câncer e de doenças crônicas como distúrbios cardiovasculares. “A indicação da droga correta prolonga a vida do paciente”, afirma. “O uso na psiquiatria, por exemplo, tem evitado métodos bastante comuns de tentativa e erro, assim como em oncologia tem prolongado a vida dos doentes”.

3. Testes genéticos

Por fim, a ciência da vida mais longa passa pelos testes genéticos que permitem identificar os genes que, se ativados, poderão desencadear os processos que levam ao aos mais diversos males. Foi o resultado de um mapeamento genético que levou a atriz Angelina Jolie a retirar os seios preventivamente. Ela submeteu-se a um exame para identificar alterações dos genes BRAC1 e BRAC2 e descobriu que, assim como sua mãe, as chances de desenvolver câncer da mama e de ovário chegavam a 85%. “Desde o caso Jolie, a demanda por mapeamentos genéticos cresceu no mundo e hoje esses exames estão cada vez mais precisos, rápidos e, principalmente, muito mais baratos”, explica a diretora da Thermo Fisher Patrícia Munerato. Um exame como o feito pela atriz custa entre 1 500 e 2 000 reais. O futuro, como se vê, já começou.

Por: Anna Paula Buchalla
Fonte: Estadão

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