Rede Lide será lançada no dia 5 de julho em um evento que reunirá pesquisadores e jornalistas para conversar sobre o futuro da divulgação científica.
No dia 5 de julho de 2024, o auditório do BH-TEC será palco de um evento presencial que promete fortalecer a comunicação da ciência no Brasil: o lançamento do Laboratório de Inteligência em Divulgação Especializada em Ciência, Tecnologia e Inovação (Rede Lide CT&I). O encontro, intitulado “Comunicação da Ciência: a proposta da Rede Lide”, acontece das 9h30 às 12h, reunindo pesquisadores e jornalistas em uma roda de conversa sobre o tema. O evento é gratuito e tem vagas limitadas.
A Rede Lide é uma iniciativa que tem como principal objetivo fortalecer a relação entre a mídia e a comunidade científica, aproximando pesquisadores e jornalistas, para uma divulgação da ciência, tecnologia e inovação mais eficaz e acessível. O foco está em melhorar a informação que chega à sociedade e resgatar a confiança na ciência, e, para isso, tem como metas a criação de um portal do conhecimento, capacitações voltadas para jornalistas e pesquisadores, premiação para profissionais da imprensa em matérias voltadas para a promoção da ciência, mapeamento das iniciativas de divulgação científica em Minas, entre outras ações.
O projeto é financiado pela Fapemig e a rede é formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), pela Fiocruz Minas/Instituto René Rachou, pela Biominas Brasil e pelo Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ).
Para o presidente da Biominas Brasil, Eduardo Emrich, a Rede Lide CT&I tem um forte propósito educativo. “A Biominas tem como missão conectar pessoas para construir negócios de sucesso e criar ambientes inovadores na área de biotecnologia no Brasil. Isso depende de uma ciência de muita qualidade, que passa também por uma atividade importante de divulgação científica. É necessário que mais pesquisadores se aproximem de públicos externos à academia, trazendo a inovação e seus desdobramentos. A Rede Lide tem também um propósito educativo nesse sentido, ao promover capacitações tanto para jornalistas entenderem mais sobre os processos da ciência e da inovação, quanto para capacitar pesquisadores, promovendo a popularização do conhecimento científico”, diz.
Conversa aberta
O evento terá um formato dinâmico de roda de conversa, com sete participantes, cada um tendo 10 minutos para suas explanações, seguidos de uma rodada de perguntas.
Para falar sobre a criação da Rede, seu propósito e a importância do projeto, estará presente a idealizadora e coordenadora do Lide em CT&I, a gerente de Desenvolvimento Institucional do BH-TEC, Cristina Guimarães. Débora D’ávila Reis, professora e pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e diretora de Divulgação Científica e Educação Inclusiva da Universidade, compartilhará a visão do cientista sobre a divulgação e as ações previstas pela sua equipe na Rede Lide.
Cristiana Ferreira Alves de Brito, pesquisadora da Fiocruz Minas, secretária regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e coordenadora dos programas de Divulgação Científica e Extensão da instituição, discutirá o papel da divulgação científica em saúde e os impactos das notícias sobre a ciência na saúde da população.
Adriana Faria, diretora do tecnoPARQ, presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e referência em inovação no país, destacará a importância da Rede Lide para o tecnoPARQ e como o modelo pode ser adotado por ambientes de inovação. Pela Biominas Brasil, participa a gerente de Operações e Parcerias, Isabela Allende, que fará um overview sobre a instituição e a importância da parceria e da criação da Rede Lide.
Também contaremos com a presença de Bernardo Esteves, repórter da revista Piauí especializado em ciência e meio ambiente. Ele tem 24 anos de experiência e é apresentador do podcast “A Terra é Redonda (mesmo)” e autor de “Admirável Novo Mundo – Uma História da Ocupação Humana nas Américas” (Companhia das Letras, 2023). É professor do Amerek, o curso de Especialização em Comunicação Pública da Ciência da UFMG, e traz um debate sobre o futuro do jornalismo científico em meio à desinformação e ao negacionismo.
Maísa Caldeira, da TV Record Minas, também participa. A jornalista traz sua experiência televisiva e conta sobre a missão de emplacar notícias sobre ciência, tecnologia e inovação em meio ao noticiário cotidiano. Ela oferece uma perspectiva prática sobre a cobertura e o contato com pesquisadores.
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