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O ESG na Bolsa de Valores

12

set 2022

Por:Ana Laura Rosa
Corporativo | Inovação

Como você já sabe, o termo ESG (em português ASG, ambiental, social e governança) surgiu como uma tentativa de melhor integrar o mercado financeiro às iniciativas ambientais e sociais. Chegou-se à conclusão de que seria necessário acompanhar melhor o desempenho das empresas em suas práticas de sustentabilidade, uma vez que os riscos ambientais geram grandes impactos financeiros para as empresas e consequentemente para seus acionistas. Tendo em mente que empresas com boas práticas em ESG possuem menor risco de serem relacionadas a escândalos (sejam eles de corrupção, causas trabalhistas ou ambientais) investidores passaram a considerar vários novos fatores na hora de escolher e fazer um investimento, indo além da lógica de priorizar apenas o capital.  

Dessa forma, para acompanhar o desempenho das empresas relacionadas às suas práticas em ESG foram criados diversos índices nas bolsas de valores ao redor do mundo. Para participarem desses novos índices, as empresas precisam se adequar a algumas normas e se submeterem a uma avaliação criteriosa, como consequência as empresas são impulsionadas a adotarem práticas sociais e ambientais mais responsáveis e sistemas de compliance mais robustos. No Brasil, pode-se citar como exemplo o Índice de Sustentabilidade da Bolsa de Valores Brasileira (ISE B³), que foi criado em 2005 e compreende uma carteira de empresas reconhecidas pelo seu desempenho em sustentabilidade empresarial. Nos últimos anos, o ISE tem se destacado por assumir melhor desempenho do que o próprio índice do Ibovespa. 

 

 

Além do ISE, temos também o Índice Carbono Eficiente (ICO2 B3) que visa contribuir para as discussões de mudanças climáticas no Brasil. Seu objetivo é mostrar quais empresas são transparentes quanto às emissões de carbono e consequentemente como estão se preparando para a transição energética e uma economia de baixo carbono. É importante ressaltar que as empresas que integram os índices passam por avaliações periódicas, não obstante, não são imunes a erros e podem ser removidas caso falhem no cumprimento de ações responsáveis, portanto, a carteira é bastante variável e faz-se necessário um acompanhamento cuidadoso dos relatórios gerados pelas empresas e pela B³. 

A CVM, Comissão de Valores Mobiliários, órgão regulador do mercado de ações, fez mudanças na norma para a divulgação de dados ambientais, sociais e de governança.  Essas mudanças trarão mais rigor uma vez que fará com que empresas de capital aberto sejam mais transparentes quanto aos números de diversidade e de impactos climáticos. De forma similar, a nova regra da B³ visa impulsionar aumento de diversidade em cargos de alta liderança, a nova norma que entra em vigor em 2023, vai exigir que os conselhos executivos integrem pelo menos uma mulher ou um integrante de minorias (Negros, LGBTQIA+, PCD) até 2025. 

Esse conjunto de ações acompanha uma tendência internacional e representa um esforço coletivo em aumentar a diversidade no conselho das empresas brasileiras. É importante enfatizar que igualdade de gênero e redução das desigualdades são dois dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil e, tais esforços visam efetivar o cumprimento dessas metas até 2030. Assim, podemos dizer que o ESG é um tema que versa diferentes facetas do mercado, atraindo interesse de vários players importantes que estão comprometidos em fazer jus ao que o ESG propõe: a realização de metas claras de responsabilidade corporativa.

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