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Inovação que Inspira – Juliana Reis

05

ago 2020

Por:Biominas Brasil
Inovação | Notícias | Opinião

Escute também a entrevista completa por áudio:

 

O Inovação que Inspira traz hoje a entrevista com Juliana Reis, uma profissional de inovação com mais de 15 anos de mercado, com uma imensa capacidade de concretização de projetos e um grande comprometimento com o desenvolvimento científico brasileiro. Juliana ressalta a capacidade de leitura de cenários como uma das principais habilidades de um profissional de inovação.

Essa entrevista faz parte do Inovação que Inspira, projeto que surge em comemoração aos 30 anos da Biominas Brasil, reforçando seu compromisso em tornar as empresas cada vez mais inovadoras e conectar profissionais de inovação. Essa série de entrevistas traz insights de profissionais que trabalham com inovação no Brasil. Trajetórias profissionais que têm em comum a paixão por inovar. 

 

Trajetória profissional

Juliana é farmacêutica de formação e começou a atuar na indústria farmacêutica desde sua graduação. Em 2009 começou a trabalhar diretamente com inovação dentro da indústria farmacêutica, esteve envolvida no primeiro projeto de desenvolvimento de drogas sintéticas do Brasil. Conciliou sua atuação na indústria com a atividade científica, concluiu seu doutorado em ciências farmacêuticas na USP, durante técnicas novas de avaliação de absorção de drogas utilizando membranas artificiais. Essa técnica foi incorporada e melhorada, trazendo um legado para a produção científica da Universidade e também para as práticas industriais. Atualmente define a estratégia de inovação da empresa onde trabalha, o que tem de capacidade instalada e o que pode ser feito de imediato, seja através de patentes, tecnologias e parcerias. Paralelo a tudo isso, ela também é mentora de startups e gosta muito de contribuir com as iniciativas relacionadas à inovação e empreendedorismo.

 

O que mais motiva a trabalhar com inovação?

Saber reconhecer o que tem sido produzido, valorizar e deixar-se contagiar por um movimento de inovação que tem crescido no Brasil ao longo do tempo.

“O que mais me anima é perceber que tem muitas coisas boas sendo feitas, em todas as áreas. E tem mesmo! Muita gente querendo trazer novidade, incrementar valor aos produtos existentes, trazer solução para o paciente, não só na forma do digital, que está na moda agora. Mas produto mesmo, solução, tratamentos. (…) Isso me motiva muito, ver que essa maquinaria de inovação está mais ativa do que nunca.”¹

Ainda há um caminho a ser percorrido, a indústria farmacêutica nacional ainda que tenha representado um crescimento substancial nos últimos anos, tem uma representatividade pequena frente à indústria farmacêutica internacional. Ainda é necessário mais trabalho para posicionar a imagem do Brasil positivamente no exterior.

 

O que favorece a Inovação?

O apetite pelo risco é um aspecto importante para favorecer a inovação dentro da empresa. Se no primeiro erro os investidores e ou diretores retraem, e deixam de investir a capacidade de inovação é mitigada. Consequentemente, o engajamento dos profissionais de inovação envolvidos pode ser comprometido.

“Uma cultura institucional que não coloca o dedo na cara no primeiro erro, inovação tem erro.”¹

É importante que o profissional de inovação saiba mapear os erros, planejar as formas através das quais esses erros possam ser mitigados e saber propor uma carteira de risco balanceada. Do outro lado é importante contar com uma cultura institucional que não recrimine o erro, e que tenha apetite pelo risco. Inovar tem a ver com riscos e erros.

 

Qual habilidade é mais importante para um profissional de inovação?

Caminhar ao lado da instituição onde você está, passo-a-passo.

“Onde você está? Conheça as pessoas para quem você está trazendo inovação. Conheça bem a área comercial, os medos deles, as formas como eles vêem, o que eles valorizam. Conheça bem os acionistas, tente participar de algumas reuniões com eles. Primeiro você conhece, depois você vai e linka.”¹

A leitura de cenários é uma habilidade muito importante, muitas vezes falta ao profissional de inovação a capacidade de fazer uma ponte entre os projetos que são potencialmente inovadores e as outras áreas da empresa. A governança é muito importante, saber envolver as outras áreas no momento certo. 

Outra habilidade valiosa seria saber caminhar ao lado da instituição passo-a-passo, entender a cultura, e evitar trazer propostas de forma agressiva e radical onde você está. “Tudo que é muito brusco não é sustentável”¹. Saber conduzir as mudanças e propor coisas novas de forma paulatina, respeitando a cultura da empresa e estando alinhada com todas as áreas.

 

O que mais marcou na conversa com Juliana

A formação científica aliada a uma carreira corporativa. Ela conseguiu articular a formação científica com sua atividade profissional dentro da empresa, traçando projetos, trazendo resultados e “materializando” o conhecimento científico e técnico. Sua capacidade de trazer resultados concretos e tangíveis através da ciência e inovação é admirável, para além disso foi muito positivo ver o quanto Juliana se orgulha do desenvolvimento científico do nosso país, sua opinião é que nós temos produzido muitas coisas boas sim, e o próximo passo é levar tudo isso para o mundo, defendendo assim nosso espaço e garantindo nossa representatividade internacional. Juliana gosta de colaborar com startups e contribuir com projetos que envolvam inovação nascente, o que demonstra seu engajamento com o empreendedorismo e inovação nacional. Agradecemos imensamente a participação da Juliana e finalizamos esse artigo com suas palavras. “Me motiva muito, ver que essa maquinaria de inovação está mais ativa do que nunca.”¹


¹ Trechos transcritos integralmente da entrevista.

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