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Produção tecnológica avança em BH com Centro de Inovações da Fiemg

02

jul 2014

Por:Biominas Brasil
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Producao tecnologica csemBruno Porto – Hoje em Dia

A aproximação entre academia e indústria, sempre reclamada, começa a tomar forma no complexo do Centro de Inovações e Tecnologia Senai/Fiemg (ex-Cetec), no Horto, em Belo Horizonte. Sob administração da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) desde 2011, o parque de tecnologia já recebeu R$ 40 milhões de um pacote que pode chegar a R$ 300 milhões, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para uma completa reestruturação do campus, com renovação de equipamentos, novos laboratórios e expansões das empresas instaladas.

“A nossa missão não é apenas desenvolver soluções para problemas apresentados pela indústria, mas, principalmente, antecipar essas demandas. Isso havia se perdido por falta de incentivo, mas agora miramos de novo para o mesmo fim”, afirma Margareth Spangler Andrade, diretora do Instituto de Inovação em Metalurgia e Ligas Especiais, instalado no parque.
Hoje, Margareth possui uma equipe de 13 pessoas, sendo sete delas doutores. O plano de expansão em curso prevê aporte de R$ 31 milhões, que além somar mais 17 profissionais, vai substituir e ampliar os equipamentos usados nos laboratórios, que foram adquiridos em 1980.

O Instituto de Inovação em Metalurgia e Ligas Especiais tem parceria para receber alunos das universidades federais de Ouro Preto (UFOP) e de Minas Gerais (UFMG). Os clientes são gigantes como a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), Votorantim, Gerdau e outros.

“O que acontece aqui é algo inédito no Brasil. É o único lugar onde há uma verdadeira articulação entre academia e indústria, com colaboração prática. Já precisei de um químico, fui ao Insituto Tecnológico de Química, e resolvi meu problema”, diz Tiago Maranhão, presidente da CSEM Brasil, empresa instalada no campus do Horto.

Revolução

Desde abril, quando chegou ao Centro de Inovações e Tecnologia, a CSEM já investiu algo próximo de R$ 50 milhões. A empresa opera duas linhas de pesquisa e desenvolvimento, nas áreas de eletrônica orgânicas, onde desenvolveu células fotovoltaicas orgânicas que prometem revolucionar o mercado, e outra de circuitos cerâmicos. A CSEM emprega 40 profissionais de 12 nacionalidades diferentes.

Conforme já informou o presidente da Fiemg, Olavo Machado, existem conversas para atrair para o local empresas com Vale, CBMM, Petrobras, Vallourec e ArcelorMittal.

Biominas vai dobrar capacidade de incubar empresas

Em paralelo aos investimentos da Fiemg para reestruturar o parque tecnológico, empresas instaladas ampliam suas operações e confirmam a confiança no novo momento do Centro de Inovações e Tecnologia Senai/Fiemg. A Biominas, por exemplo, mantém lá a sua incubadora de empresas, a Habitat. Atualmente 14 empresas incubadas ocupam o total de área disponível, com 36 salas.

“O ‘novo Cetec’ abre novas oportunidades, com um ambiente mais empreendedor. Daqui de dentro podem surgir empresas a serem incubadas na Habitat. Temos percebido uma demanda muito alta e vamos começar ainda este ano um plano de investimentos que vai dobrar nossa capacidade de receber empresas”, diz o presidente da Biominas, Eduardo Emrich Soares.

Investimento

As obras, que devem começar este ano, terão custo de cerca de R$ 10 milhões e duração de um ano e meio.

A área total ocupada pela Biominas é de 10 mil metros quadrados e a incubadora ocupa 3 mil metros quadrados. Os recursos para a expansão serão captados em bancos de fomento e agências federais e estaduais.

O presidente da Biominas destacou que a aproximação da indústria com a pesquisa é o grande diferencial do centro de tecnologia e inovação, e que o ambiente com uma cultura diferente abre novos horizontes.

Na mesma linha, Tiago Maranhão, da CSEM, avalia que, até então, se pensava a pesquisa e o desenvolvimento industrial de forma equivocada.

“Primeiro temos que parar de olhar para hoje e olhar para o futuro, para viabilizar cadeias de valor do futuro. Antes, no Brasil, se pensava, com relação a inovação, que se faria tudo sozinho, do começo ao fim. O que temos aqui no campus é uma ação colaborativa, que vai além do diálogo de ideias”, disse.

Centro de Inovações e Tecnologia Senai/Fiemg

Investimento: de R$ 280 milhões a R$ 300 milhões

Empresas instaladas: Embraer, Biominas, Csem

Institutos de Tecnologia: Alimentos e Bebidas Metalmecânica Automotiva, Ambiental
Química

Institutos de Inovação: Processamento Mineral,Engenharia de Superfícies,
Metalurgia e Ligas Especiais

Inauguração: 1972

Administração: Senai/Fiemg desde 2011

Pesquisas ambientais ganham novo fôlego

O Instituto Tecnológico de Meio Ambiente Senai/Fiemg ganhou novo fôlego ao aportar no Centro de Inovação e Tecnologia da Fiemg. O instituto é, hoje, referência para uma série de grandes empresas no desenvolvimento de soluções ambientais e prestação de serviços.

“O que sentimos é que estamos retomando o nosso objetivo e é inconteste que ganhamos novo ânimo com a chegada Fiemg. Haverá aqui uma real integração entre diferentes produtores de conhecimento e o empresariado mineiro já começou a perceber isso”, disse Marcos Bartasson Tannus, diretor do Instituto.

Modernização

Uma licitação de R$ 2 milhões deverá permitir uma modernização nos equipamentos e a abertura de novos postos para pesquisadores.

Com uma equipe de 70 profissionais, incluindo agrônomos, biólogos, geógrafos e químicos, o Instituto Tecnológico de Meio Ambiente tem como clientes industriais empresas como Anglo American, Kinross, Votorantim, Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e outras.

Atende, também, a contratos com o governo, onde presta serviços para Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam).

Para o Igam, por exemplo, o Instituto realiza a captação de amostra de água em 650 pontos do Estado, alguns a mais de 1.000 quilômetros de Belo Horizonte, para monitorar a qualidade das a águas.

Com os clientes privados, existem diversos tipos de contrato, sendo os mais comuns os de auxílio no cumprimento de condicionantes que integram o processo de licenciamento ambiental.

“O que vejo como diferencial aqui é a integração para atender à demanda da indústria. Há contato entre os institutos e se eu preciso de algum profissional que não tenho no meu quadro, é quase certo que vou encontrar em um raio de 100 metros. Essa parceria gera soluções integradas e o empresário encontra tudo em um só lugar”, afirmou, Marcos Bartasson Tannus.

Fonte: Hoje em Dia

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