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Cores da Biotecnologia: como o arco-íris se relaciona com o empreendedorismo e inovação?

A biotecnologia é conhecida por ser uma área multidisciplinar que trabalha com a manipulação e aplicação de organismos e sistemas biológicos para diferentes finalidades. Isso possibilita sua divisão em cores! 

Esse arco-íris consiste em um sistema de classificação das diversas aplicações. Inicialmente eram apenas 3 cores, vermelha (saúde), verde (agricultura) e branca (industrial). Mas ainda em 2003, o Dr. R. Colwell,  Director da US National Foundation, já dizia sobre a possibilidade de expansão. Em 2005, o 12º Congresso Europeu de Biotecnologia passou a usar mais eixos biotecnológicos: branco, vermelho, verde e azul. Posteriormente foram definidas 10 cores e o arco-íris da biotecnologia cresce a cada dia, atualmente já se falando da 11º, laranja. 

Vem conferir esse arco-íris:

 

VERMELHA – SAÚDE

Essa categoria abrange tudo o que tem a ver com saúde, medicina e diagnóstico. Como exemplo dessa área, temos as diversas vacinas e testes produzidos no combate a COVID-19. Assim como o desenvolvimento de novos medicamentos, terapias e testes rápidos precisos para diagnósticos de doenças.

 

LARANJA – DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

Essa cor é a mais recente, neste setor encontramos o ensino, disseminação e divulgação da biotecnologia.  E os materiais educacionais são essenciais para atingir um grande número de pessoas.

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AMARELA – ALIMENTOS

A Biotecnologia voltada para a nutrição e produção de alimentos engloba desde o uso de enzimas em processos industriais até processos de fermentação como queijos, cervejas, vinhos, kombucha e kefir. Os grãos de kefir são formados devido a uma associação simbiótica de leveduras, bactérias ácido-láticas ácido-acéticas tradicionalmente utilizadas para a produção de leites fermentados de baixo teor alcoólico, isso faz com que a bebida seja associada à longevidade e considerada até terapêutica. 

 

VERDE – PLANTAS

A biotecnologia de plantas engloba uma agricultura com maior cuidado ambiental através de diferentes técnicas de manejo, biofertilizantes e bioherbicidas, transgênicos e até biocombustíveis. Você já deve ter ouvido falar por exemplo, da cultura de tecidos vegetais, em que é possível muitos indivíduos em um curto período de tempo, já que os pedaços de uma única planta, chamados explantes, são capazes de originar muitas outras plantas. Dentre as vantagens dessa metodologia podemos citar também a exploração de uma melhor variabilidade genética e a recuperação de plantas livres de vírus e outros agentes causadores de doenças.

 

CINZA – AMBIENTAL

As pautas são relacionadas à conservação e preservação dos recursos naturais, logo, a biorremediação, assim como o tratamento de resíduos e rejeitos se destacam. Um grupo de pesquisadores japoneses identificou a bactéria Ideonella sakaiensis e foi possível observar que ela é capaz de utilizar o polietileno tereftalato como fonte de carbono e energia. Assim, o interesse em estudar e utilizar as enzimas que têm essa atividade, conhecidas como PETases, cresce cada vez mais.

 

AZUL – MARINHA

Nessa área são estudados organismos marinhos/aquáticos e moléculas isoladas deles, a partir disso podem ser gerados novos fármacos utilizados diretamente ou após modificações químicas. Como a Trabectedina, medicamento utilizado no tratamento do câncer que foi obtido de Ascídias. Mas as aplicações não se restringem a fauna, a botânica aquática também representa muito potencial, seja no uso de microalgas, macroalgas e macrófitas no tratamento de efluentes, na produção de biocombustíveis e até na alimentação.

 

ROXA – PROPRIEDADE INTELECTUAL

Já as questões legais, filosóficas e éticas da biotecnologia, como as diferentes propriedades intelectual e industrial protegidas pelo  Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI como as patentes, o direito autoral, a proteção sui generis dentre outros se enquadram na biotecnologia roxa.

 

MARROM – AMBIENTES DESÉRTICOS E/OU SEMIÁRIDOS

Diversas soluções biotecnológicas multidisciplinares podem fazer parte da biotecnologia marrom já que ela está relacionada a inovação em técnicas agrícolas e gestão de recursos nesses ambientes desérticos. São estudadas sementes mais resistentes, microrganismos que se adaptam a condições extremas, dentre outros.

 

DOURADA – BIOINFORMÁTICA E DA NANOTECNOLOGIA

Uma área em ascensão é a bioinformática e a nanotecnologia, que juntas formam a biotecnologia dourada. O uso da bioinformática em todas as outras cores faz com que as análises in silico e as simulações computacionais permitam o barateamento de tecnologias assim como sua chegada mais rápida ao mercado. Enquanto que a nanobiotecnologia emprega estruturas na escala nano, as nanopartículas, em variadas finalidades como biossensores, drug delivery, kits diagnóticos e muito mais.

 

BRANCA – INDUSTRIAL

A biotec industrial representa todas as áreas que utilizam organismos vivos para obter produtos em larga escala, temos como exemplo mais uma vez as cervejas e os medicamentos.  

 

PRETA – BIOTERRORISMO

E por fim, a área que se relaciona com o desenvolvimento de armas  biológicas, visando ações de vigilância e anti-bioterrorismo. Assim evitando e combatendo a  liberação intencional de produtos químicos ou agentes infecciosos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. 

 

Por ser uma ciência considerada recente, essa divisão em cores não é unânime já que várias cores se conectam, mas isso pode nos auxiliar na educação científica fazendo com que haja mais interesse do público por cada ramo!

 

Extra! Biotecnologia Forense

 

A essa área faz uso de técnicas e metodologias da biotecnologia para resolução de demandas legais, como crimes. Essa área é multidisciplinar e aplica técnicas de várias outras cores como Vermelha, Roxa, Dourada e Preta. Visando a promoção da saúde, avaliando aspectos legais, utilizando ferramentas da bioinformática e combatendo o bioterrorismo, por exemplo.

 

Fonte: https://www.scielo.cl/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0717-34582004000300001
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252012000300013
https://doi.org/10.21727/teccen.v7i1/2.273
https://agencia.fapesp.br/pesquisa-melhora-enzima-que-degrada-plastico/27651/

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