Discalculia, dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção (TDA), superdotação. Com a evolução da medicina e dos estudos científicos, termos como esses ficam cada vez mais conhecidos e os profissionais da saúde e da educação ganham subsídios para ajudar aqueles que têm ritmo de aprendizado diferenciado.
É nesse cenário que surge em Belo Horizonte a Neuroapp (www.neuroapp.io), startup que desenvolveu uma plataforma de jogos digitais para auxiliar crianças e adolescentes com dificuldade de aprendizado. A expectativa é de que a ferramenta seja lançada no próximo mês e gere faturamento de R$ 25 mil.
A empresa surgiu a partir da iniciativa do publicitário Marcus Vinícius de Oliveira Silva, que desde criança recebeu diagnóstico de TDA. Ao participar de um evento de imersão em empreendedorismo, onde foi desafiado a desenvolver um projeto inovador, Silva se dedicou a pensar em uma ferramenta que auxiliasse crianças, que assim como ele, tinham alguma dificuldade no processo de aprendizado. “Meu objetivo foi criar um negócio de impacto social. É aquela velha história: entre ganhar dinheiro e ajudar o mundo, escolho os dois. E foi nessa base que fundei a Neuroapp e mantive como premissa levar o ensino para toda e qualquer pessoa”, diz.
De acordo com o fundador, a plataforma é composta por games de diferentes níveis que ajudam os profissionais de saúde, de educação e também os pais a entenderem qual as dificuldades da criança na hora de aprender. Ao desafiar o jogador em diferentes situações, os games testam funções cognitivas dos usuários e avaliam habilidades como memória, atenção e percepção. “A plataforma proporciona diversão para a criança e permite aos pais e profissionais o acompanhamento de seu desenvolvimento, de forma a avaliarem onde o jogador tem mais dificuldade e onde ele apresenta melhores resultados”, afirma.
Ele lembra que a Neuroapp não tem a intenção de substituir o diagnóstico ou o tratamento de transtornos de aprendizado, já que essa é uma função executada pelos especialistas da área de saúde. A ideia é de que os jogos se transformem em uma ferramenta para esses profissionais. Além do publicitário, fazem parte do time da Neuroapp Taiguara Andrade, que é responsável pelo desenvolvimento da plataforma, e Annelise Costa, doutoranda em neurociência.
Com forte sintonia e complementaridade de talentos, os empreendedores conseguiram levar a startup para dois importantes projetos de pré-aceleração da Capital: o Lemonade, desenvolvido pela Fundep Participações S/A (Fundepar), e o BioStartup Lab, promovido pela Biominas e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas). Atualmente, a empresa não participa de nenhuma aceleração e se prepara para um momento importante de sua história: o lançamento da plataforma, que está marcado para o dia 27 de junho.
Segundo Silva, há uma lista de espera de 40 pessoas interessadas em assinar a plataforma. Os interessados poderão optar pelo acesso gratuito, que tem funcionalidades limitadas, e por planos pagos. A expectativa do CEO é fechar o ano com faturamento de R$ 25 mil e, em cinco anos, expandir por toda a América Latina, alcançando uma média de faturamento de R$ 400 mil mensais.
Fonte: Diário do Comércio
BioStartup Lab
A startup de digital health, NeuroApp, foi uma das 21 equipes selecionadas para o programa de pré-aceleração de startups em ciências da vida da Biominas e participou da 1ª rodada do BioStartup Lab.
A equipe participou de atividades de aprendizado (como workshops e treinamentos), mentorias, validação prática e teve interação com grandes empresas, além de bancas de avaliação e feedbacks que abordam todos os aspectos que uma startup de ciências da vida precisa para estruturar sua entrada no mercado.
Saiba mais sobre sua participação: www.biostartuplab.org.br/startup/neuroapp/
Inscrições Abertas para a próxima rodada
As inscrições para a 2ª rodada do BioStartup Lab estão abertas e podem ser feitas até o dia 26/06 clicando aqui.