Você sabe quem foi Marie Curie, Bertha Lutz e Blanka Wladislaw? Sabe o que elas têm em comum?
Marie Curie nasceu na Polônia, descobriu os elementos químicos Polônio e Rádio, foi a primeira mulher a fazer doutorado na França, ganhou dois prêmios Nobel e virou a cientista mais conhecida da Terra.
Bertha Maria Júlia Lutz, nascida em São Paulo, foi educada na Europa e formou-se em Biologia pela Sorbonne. Zoóloga de profissão, é conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras. Ela se empenhou pela aprovação da legislação que outorgou o direito às mulheres de votar e de serem votadas.
Já Blanka Wladislaw, natural de Varsóvia, chegou em São Paulo em 1934 e tornou-se uma das principais cientistas do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, foi pioneira em vários estudos e como professora seus discípulos se contam às dezenas, espalhados em universidades de todo o país.
Elas foram mulheres que se dedicaram às ciências em uma época onde a formação feminina era direcionada para os cuidados do lar. Romperam barreiras para o estudo das ciências da vida e abriram caminho para outras mulheres terem seus direitos à educação assegurados.
Esses são apenas exemplos do papel da mulher na ciência ao longo da história, que foi tão expressivo e contribuiu de diversas formas para o empreendedorismo científico e os campos de conhecimento dentro da área de ciências da vida. Apesar de vermos essa evolução e pelo fato de que a visibilidade das mulheres na ciência está ganhando certa igualdade, elas ainda lutam para provar seu valor diante de cargos mais elevados, por equiparação salarial, e por reconhecimento dos seus feitos
Durante muitos anos o desenvolvimento científico e tecnológico foi associado a figuras masculinas, mas esse é um grande mito pois, ainda na Antiguidade Clássica, a grega Hipátia de Alexandria (360-415) fez contribuições nas áreas de filosofia, matemática e astronomia.
E não precisamos nos limitar apenas a exemplos de anos passados. É cada vez maior a contribuição e a capacidade feminina ligadas à ciência. Quer um exemplo?
Foto: Divulgação
Katie Bouman, uma jovem cientista que apresentou pela primeira vez uma imagem já registrada de um buraco negro. Ela foi responsável pelo desenvolvimento do programa de computador que possibilitou decodificar os dados recebidos em centenas de discos rígidos extraídos de uma rede global de telescópios.
Podemos notar como as conquistas do passado abriram um leque de opções para que mais mulheres pudessem se fazer presente na produção científica, e que os desafios de hoje continuam a contribuir de forma crescente com esse propósito, se fazendo presente no dia a dia das pessoas.
Segundo Maria de Fátima Ferreira, professora da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) e coordenadora do grupo de pesquisa sobre cultura científica, gênero e jornalismo, as mulheres estiveram ausentes do mundo da ciência durante muito tempo, “mas isso não significa dizer que as mulheres não participam da produção do conhecimento científico. No Brasil, ainda precisamos resgatar as realizações das mulheres cientistas, que podem servir de modelo para estimular jovens meninas ao ingresso em carreiras científicas. As mulheres cientistas ainda precisam lutar contra a discriminação no meio acadêmico e também lutar em relação a outros papéis atribuídos às mulheres socialmente, como a obrigação de socializar os filhos, para que essas dificuldades não as façam abandonar a carreira científica”.
A Biominas Brasil acredita no conhecimento e na capacidade de desenvolver negócios em bio e ciências da vida. Com o objetivo de incentivar as mulheres a se dedicarem ainda mais à ciência, ao empreendedorismo científico e à inovação, criamos o Bootcamp Mulheres na Ciência, um programa de imersão feito exclusivamente para cientistas mulheres terem a oportunidade de atuar em projetos reais, desenvolverem suas habilidades e crescerem na sua carreira profissional.
Junte-se a nós nessa jornada de inovação e conhecimento!
Fontes:
Agência Senado
https://revistapesquisa.fapesp.br/atividade-ininterrupta/
https://super.abril.com.br/historia
http://www.multirio.rj.gov.br/
http://cienciaecultura.bvs.br/