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O que os ODS têm a ver com o ESG?

Em 2015, a ONU propôs a Agenda 2030, um plano ambicioso que compreende 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com o intuito de promover a prosperidade social e econômica de maneira contínua e sustentável. Essa iniciativa compreende um esforço coletivo de 193 países membros e está alicerçada nas metas ambientais para garantir o desenvolvimento social e econômico.

Fonte: Stockholm Resilience Centre

\"\" No quinto aniversário da Agenda 2030, foi percebido que pouco progresso havia sido feito, no Brasil, apenas um dos 17 objetivos foi atingido: assegurar o acesso confiável à energia para todos. E por isso, o Pacto Global criou um programa chamado “Ambição pelos ODS” que visa auxiliar a incorporação das metas relacionadas aos ODS pelas empresas, que como propulsoras da inovação e detentoras de grande capital e influência são essenciais nesse processo de transformação. Por isso, a década de 2020-2030 foi nomeada como a “Década da Ação”, como um marco de medidas sendo adotadas por diferentes stakeholders para a aceleração dos resultados com foco no desenvolvimento sustentável.

 

E o que isso tem a ver com ESG? 

Como parte da integração dos ODS aos objetivos corporativos, há o estabelecimento de metas, métricas de desempenho, reformulação de vários processos de negócios e relatórios anuais de desempenho que precisam ser repassados para os investidores. Dessa forma, o alinhamento com os ODS pode contribuir para o fornecimento de informações e padrões consistentes das estratégias ESG (do inglês: ambiental, social e governança), o que anima muito os investidores, uma vez que desempenhos melhores nos parâmetros ESG têm sido relacionadas com boa performance de crescimento e lucratividade das empresas. A comunicação desses resultados permitem, a longo prazo, maior geração de valor para a empresa, pois progressivamente os consumidores buscam por empresas com soluções alinhadas com o enfrentamento dos desafios sociais e ambientais, além disso, as equipes e colaboradores se sentem mais engajados ao trabalharem em uma organização estimulada pelo crescimento com propósito e passam a usar os recursos disponíveis de forma mais eficiente e produtiva. 

Dentre os Negócios de Impacto, segundo o mapeamento promovido pela Pipe.labo os ODS que mais se destacaram possuem enorme sinergia com as práticas ESG: Consumo e produção responsáveis (12), Saúde e bem-estar (03),  Trabalho decente e crescimento econômico (08). No entanto, há ainda muito progresso a ser feito, pois 29% dos negócios de impacto participantes do estudo ainda não possuem ferramentas de governança implementados, apenas 1% realiza o inventário dos Gases de Efeito Estufa (GEE) e da pegada de carbono e 42% ainda não definiram seus indicadores de acompanhamento de impacto (contra 33% que já definiram os indicadores mas ainda não realizam o monitoramento). Esses dados revelam a grande oportunidade de mercado dentro da área ESG. Startups que decidirem montar seu modelo de negócio visando auxiliar empresas em suas metas rumo ao desenvolvimento sustentável terão muito espaço para crescer!

Essa é a nova onda do capitalismo de stakeholders, as empresas têm encontrado prosperidade em estratégias alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Empresas que são transparentes com a sua responsabilidade social e ambiental transmitem confiança e conquistam hoje a lealdade de seus colaboradores, consumidores e acionistas para o sucesso de amanhã. 

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