No último dia 15 de Outubro, a Biominas Brasil organizou o webinar Estratégia de Inovação Aberta para Hard Science. Este evento contou com participantes ilustres do setor da saúde e da área de educação em empreendedorismo e inovação.
Eduardo Emrich, CEO e Presidente da Biominas, mediou um bate-papo interessante e riquíssimo entre Martha Penna, Vice-Presidente de Inovação da Eurofarma, Krissya Tigani, Gerente de Inovação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, Marcio de Paula, Gerente de Inovação na Ferring Pharmaceuticals e o professor Carlos Arruda, responsável pelo Núcleo de Empreendedorismo e Inovação na Fundação Dom Cabral e membro do Conselho da Biominas.
Um dos grandes objetivos do evento foi discutir a estratégia de inovação aberta dessas instituições, além de entender como se dá o relacionamento dessas com os outros players do ecossistema de inovação.
Muitas empresas iniciam suas ações de inovação mesmo sem ter um claro direcionamento de onde querem chegar. Apesar de os programas corporativos e centros de inovação terem se tornado bastante populares, muitas dessas iniciativas não estão atreladas a uma estratégia e, portanto, os resultados obtidos são aquém do real potencial.
A construção de uma estratégia de inovação envolve definir áreas/direcionadores que atendam aos objetivos de crescimento ao longo prazo e estejam alinhados com a estratégia de negócio da empresa. Sem uma estratégia coerente e uma visão clara do que a empresa pretende alcançar, os esforços de inovação acabam dispersos e isolados.
Como ressaltado pelo professor Carlos Arruda, as empresas convidadas já possuem uma estratégia de inovação madura e bem definida. É claro que cada instituição tem a sua especificidade, mas de uma forma geral, as estratégias perpassam por reforçar e inovar no core business como uma forma de levantar recursos para financiar as inovações mais disruptivas.
Todos os convidados também ressaltaram a importância de se relacionar com parceiros, em especial com as instituições acadêmicas, a fim de buscarem por tendências tecnológicas e ter contato com pesquisa de base, sendo especialmente importante para o início do desenvolvimento de soluções mais disruptivas. Além disso, o relacionamento com startups maduras também se dá via parcerias de co-desenvolvimento, fusões e aquisições. Geralmente os critérios determinantes para se estabelecer uma parceria envolvem ter alinhamento com as oportunidades e estratégias da empresa, a competência do time, bem como a qualidade técnica da solução, principalmente em se tratando de soluções de hard science.
Apesar de haver avanços no estabelecimento de parcerias entre as empresas e as instituições de ensino, também foi comentado sobre as dificuldades do relacionamento com as universidades brasileiras. Para todos os convidados, é evidente que não é possível criar um setor forte e competitivo, principalmente o setor de saúde humana, sem ter essa relação bem sucedida com a academia.
Outro ponto relevante levantado na discussão, foi a respeito da cultura e o sistema político das empresas. Ambos fatores podem matar a inovação dentro do ambiente corporativo. É preciso que a questão cultural seja bem trabalhada e resolvida para que todos, inclusive a alta liderança, saibam lidar com a incerteza e o fracasso inerentes à inovação. Não basta ter uma estratégia de inovação definida sem a mesma considerar o sistema político e cultural da organização.
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