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Pacientes recorrem à Justiça para receber medicamentos

16

fev 2017

Por:Biominas Brasil
Notícias

Um cálculo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), que reúne as farmacêuticas multinacionais, indica que o Ministério da Saúde gastou R$ 1,32 bilhão ao longo do ano passado com o fornecimento de medicamentos de alto custo a pacientes que recorreram à Justiça, a chamada judicialização da saúde.

Conforme a entidade, o gasto expressivo “prejudica o planejamento orçamentário do SUS [Sistema Único de Saúde], que já enfrenta limitações e subfinanciamento”.

Do valor total gasto pela Pasta com as ações judiciais, R$ 1,25 bilhão, ou 99%, correspondem a medicamentos. “De um lado, a Constituição prevê na saúde tudo para todos. De outro, as limitações do Estado impedem o cumprimento desse direito. Essa é uma questão que precisa ser debatida em busca de soluções, porque ela não desaparecerá sozinha”, diz em nota o presidente-executivo da Interfarma, Antônio Britto.

A maior parte dos custos (97%) se refere a tratamentos para doenças genéticas, cujo processo de incorporação ao SUS requer, muitas vezes, dados não contemplados em pesquisas clínicas por causa do pequeno número de pacientes, e que são caros. Nesse caso, os gastos do ministério estão concentrados em praticamente 50 medicamentos, aponta a entidade.

Para a Interfarma, uma das alternativas que poderiam reduzir a judicialização da saúde é debater com a sociedade e os poderes públicos alternativas de tratamento viáveis pelo SUS, que substituiriam as ações judiciais, e a criação de grupos de apoio técnico formados por médicos e cientistas, que de forma independente possam estabelecer critérios que contribuam com decisões judiciais justas, entre outras iniciativas.

Clique aqui para ler esta notícia direto da fonte, o Valor Econômico.

por-que-o-brasileiro-vai-a-justiaa-em-busca-de-medicamentosPor que o brasileiro recorre à Justiça para adquirir medicamentos? Entenda o que é a judicialização da saúde 

A judicialização da saúde tornou-se um problema diário, grave e crescente que desafia autoridades nos três níveis do Poder Executivo. Na prática, contribui para acumular milhares de processos nos tribunais, desorganizar as contas públicas e favorecer os que possuem meios e recursos para recorrer a Justiça, não necessariamente os que realmente necessitam. Diante desse cenário, a Interfarma publicou uma cartilha para fomentar o debate sobre o tema e contribuir na busca de soluções. Acesse o documento gratuitamente clicando aqui

Judicialização da saúde na prática 

A Interfarma realizou um amplo levantamento sobre judicialização da saúde, com 15 mil ações impetradas pelo Ministério Público em São Paulo, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul para publicação deste estudo. As ações foram analisadas, uma a uma, e trazem uma amostra dos impactos negativos que as ações judiciais têm causado no sistema público de saúde. Confira os dados clicando aqui

 

Você também pode se interessar por Perfil das decisões sobre incorporação de tecnologias no SUS.

 

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