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ImunoTera: uma plataforma biotecnológica inédita no combate ao câncer

De pesquisadoras da USP a empreendedoras!

Saiba mais sobre a startup pré-acelerada pela Biominas Brasil que desenvolve uma imunoterapia inovadora para o tratamento de câncer induzido pelo HPV.

 

PROGRAMA: BioStartup Lab – 1° Rodada

TIPO: Startup

ÁREA: Saúde

SUBÁREA: Fármacos, terapias e químicos

ESPECIALIDADE: Saúde da mulher e Oncologia

TECNOLOGIA: Imunoterapia e Vacina

ODS: 3 – Saúde e Bem-estar

MODELO DE NEGÓCIOS: Licenciamento da tecnologia para farmacêuticas e empresas parceiras e/ou co-desenvolvimento.

SEGMENTO DE CLIENTES: B2B, B2B2C e B2G

SOLUÇÃO: Produto 

TRL: 7

ESTÁGIO: Tração

FUNCIONÁRIOS: Até 9 colaboradores

RODADA DE INVESTIMENTOS: Seed

Sobre a empresa

A ImunoTera oferece uma plataforma biotecnológica inédita ca paz de restaurar e ativar funções do sistema imune. A plataforma, denominada Act-Tera, é baseada em uma proteína recombinante projetada

com alta precisão terapêutica para combater diversos tipos de câncer. O primeiro produto, a proteína TERAH-7, tem como alvo as lesões pré-cancerígenas e câncer relacionados ao vírus do papiloma humano, o HPV.

“A ImunoTera foi fundada por três pesquisadoras com o propósito de transformar suas pesquisas em saúde para a sociedade. ”, diz a Diretora Executiva Luana Raposo de Melo.

A empresa

A ImunoTera – Transformando ciência em saúde – é considerada uma empresa “DNA USP” e possui um convênio de exploração da tecnologia com a universidade para execução de seus experimentos de P&D. Isso porque a ideia da solução surgiu em 2016 durante o doutorado e pós-doutorado de Luana Raposo de Melo, Bruna Porchia Ribeiro e Mariana Diniz na instituição. 

Foi então desenvolvida a plataforma, denominada Act-Tera, baseada em uma proteína recombinante projetada com alta precisão terapêutica para combater diversos tipos de câncer.

Dentre eles, a empresa resolveu focar no combate às lesões pré-cancerígenas e câncer relacionados ao vírus do papiloma humano, o HPV. Mas por quê?

 

O problema

O câncer do colo do útero, uma das neoplasias causadas pelo HPV, representa um grave problema de saúde pública, responsável por mais de 300 mil mortes por ano, sendo 90% delas em países em desenvolvimento. No Brasil, foram estimados mais de 16 mil novos casos e quase 7 mil mortes para no ano de 2021. 

Lá em 2016, as pesquisadoras sabiam a gravidade do problema e desenvolviam pesquisas que conduziriam à solução, mas não tinham ainda o conhecimento acerca de como levar essa solução da bancada ao mercado. 

 

Solução

Assim, a Biominas ofereceu, através do programa de pré-aceleração BioStartup Lab, diversos treinamentos. Dentre eles um passo fundamental foi a estruturação do negócio através da ferramenta conhecida como BioCanvas! Isso porque a ferramenta auxilia o empreendedor a compreender qual é o problema, como ele está sendo solucionado atualmente, segmento de clientes e muito mais. 

“Nos ajudou a entender e consolidar quem eram nossos clientes, roadmap da tecnologia e nosso modelo de negócios.”, afirma Luana Raposo de Melo.

Então, para combater o câncer e outras doenças, a equipe desenvolveu uma nova geração de imunoterapias chamadas de vacinas terapêuticas (já ouviu falar?). Elas são capazes de ativar o sistema imune, ensinando o corpo a combater infecções pré-existentes e impedir recidivas da doença.

O modelo de negócio da ImunoTera é o licenciamento ou incorporação da tecnologia por uma indústria farmacêutica, preferencialmente de atuação global e que atue na produção de produtos oncológicos em biotecnologia. 

O primeiro produto está voltado para o tratamento de neoplasias causadas pelo HPV, como o câncer do colo do útero, apesar disso, essa tecnologia exclusiva pode ser adaptada para outros tipos de câncer e doenças infecciosas, como as infecções por HIV, ZIKV e SARS-CoV-2.

 

Dose da vacina terapêutica – BiotechTown

Inovação

A ImunoTera oferece um tratamento sem necessidade de anestesia ou cirurgia, trazendo um benefício adicional de impedir recidivas da doença no futuro. 

Especificamente, a TERAH-7 possui três mecanismos de ação: 

  1. Bloqueio de vias imunossupressoras; 
  2. Direcionamento para células dendríticas; e
  3. Ativação de células do sistema imune, como as próprias células dendríticas, linfócitos B e T e células NK. 

Todos esses mecanismos levam à proliferação de células de defesa, principalmente linfócitos T CD8, que por sua vez reconhecem e eliminam células doentes – infectadas pelo HPV ou já em estágio de malignidade.

 

Ilustração da tecnologia – site da ImunoTera

 

Como a Biominas faz parte da história de sucesso da ImunoTera?

Nos primeiros meses após a fundação, em 2016, a ImunoTera foi uma das startups selecionadas para participar da 1ª edição do Programa BioStartup Lab.

“Naquele momento, éramos apenas três cientistas, conduzindo nossos projetos de doutorado e pós-doutorado, e só a inscrição para o programa já foi um desafio para nós! Não conhecíamos o canvas, e nem sabíamos quem eram nossos clientes! Foi um período desafiador, mas de muitos aprendizados e oportunidades de nos conectarmos com outras startups de saúde, algumas delas também fundadas por cientistas empreendedores, com as quais mantemos contato até hoje. Como resultado de tanta dedicação, nossa startup ficou em 1º lugar na apresentação de pitch no Demoday e colhemos frutos de networking desde então.” Luana Raposo de Melo, Diretora Executiva da ImunoTera.

Não só impactamos a ImunoTera, como também fomos impactados! A equipe frequentemente recebe convites para dar mentorias às startups que participam de várias das iniciativas Biominas. Dessa forma, fomentamos juntos o ecossistema de empreendedorismo e inovação.

 

Desafios

Sabemos que empreender em ciências da vida é desafiador, principalmente quando se fala de captação de recursos. Mas a ImunoTera sabe muito bem como se comunicar para atrair investidores e parceiros! 

A Diretora Executiva conta que, assim como o treinamento de Biocanvas, o de pitch foi super importante para a evolução da equipe desde o programa até os dias atuais: 

“O treinamento de pitch foi feito com a minha sócia, e foi o melhor do Demoday! Utilizamos até hoje a estrutura dessa  apresentação”. Luana Raposo de Melo, Diretora Executiva da ImunoTera.

Em termos de investimentos, até o momento já foram captados R$ 1.650.000 entre recursos públicos e privados, como o recente aporte através do Programa de Desenvolvimento de Negócios do BiotechTown. Mas não para por aí, a equipe  já está em negociação com um fundo norte americano!

 

Resultados e próximos passos da ImunoTera

Na forma de proteína recombinante injetável, o produto apresentou 100% de eficácia terapêutica no modelo animal de tumores associados ao HPV e sinergismo com a quimioterapia, levando à regressão total dos tumores e impedindo recidivas, com baixa toxicidade. Os principais resultados foram publicados em revistas científicas de alto impacto internacional que podem ser encontrados no site.

Atualmente, o produto está sendo aplicado na forma de terapia celular baseada em células dendríticas, em um estudo experimental no Hospital das Clínicas da USP envolvendo 30 pacientes diagnosticadas com neoplasias intraepiteliais cervicais de alto grau. Resultados parciais indicaram melhora nos sintomas clínicos, eliminação do HPV e regressão total da neoplasia em algumas pacientes tratadas.

“O ambiente colaborativo no qual a ImunoTera faz parte nos proporcionou diversas oportunidades. A principal delas foi a realização de um estudo experimental em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) e o Hospital das clínicas da USP, onde foi validado o mecanismo de ação da nossa imunoterapia contra doenças associadas ao HPV.Os resultados são promissores e superiores aos principais concorrentes internacionais.  Luana Raposo de Melo, Diretora Executiva da ImunoTera.

Luana Raposo de Melo, Bruna Porchia Ribeiro e Mariana Diniz, pesquisadoras que fundaram a ImunoTera – Foto: Arquivo pessoal

 

Atualmente, a empresa se encontra na Prova de Conceito Clínica. A proteína recombinante já foi produzida em Boas Práticas de Laboratório (BPL) na ordem de gramas em biorreatores de 120 L de capacidade e o lote foi utilizado em estudos não-clínicos de toxicidade em roedores e não-roedores de acordo com Guias da ANVISA.  A próxima etapa é a produção de um lote em Boas Práticas de Fabricação (BPF), que deverá ser utilizado nos Estudos Clínicos de Fase I/II em pacientes diagnosticadas com neoplasias associadas ao HPV. 

 

Confira o roadmap da equipe

Durante a  1ª rodada do BioStartup Lab, as equipes aprenderam sobre a Escala de Prontidão Tecnológica (TRL), que possibilita avaliar o grau de maturidade da tecnologia desenvolvida pelos negócios desde pesquisa à comercialização. No caso da ImunoTera, em 2016, ao participar do programa, o nível de prontidão tecnológica era 4, e atualmente a equipe se encontra no TRL 7 – um avanço significativo em 5 anos.

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